segunda-feira, 1 de julho de 2019

O papel da liderança na inovação


Olá,

A liderança não é nem pode ser estática, cega ou indiferente ao que se passa no mundo e em particular na capacidade de estar atento ao “novo”. A inovação está presente em todos os setores de atividade com uma dinâmica e velocidade assustadora face aos padrões de comportamento, análise e execução de muitas empresas.

É urgente pensar a liderança atual com um pensamento de sprinter e não tanto como corredor de maratonas. Para isto, um líder deve ter um posicionamento de causador, incorporar que o resultado final de uma situação não é determinado pelas condicionantes externas, mas, antes, pela sua capacidade de reação a essas condicionantes externas.

Temos o exemplo da história da Blockbuster e da Netflix. O primeiro era um colosso empresarial com vendas de muitas centenas de milhões de dólares e presente em grande parte do mundo. O líder e fundador da Netflix foi apresentar a sua ideia ao CEO da Blockbuster no sentido de criarem uma parceria para o lançamento da sua ideia. No alto da sua liderança cega este declinou a parceria alicerçando a sua decisão nas vendas que estavam a ter. O resultado é o que todos sabemos. A Blockbuster em meia dúzia de anos fechou portas e a Netflix é atualmente uma empresa líder em entretenimento digital e presente em milhões de lares em todo o mundo.  

Obviamente não podemos ser levianos na análise das necessidades de inovação nas nossas empresas. Carece de pensar e testar em que medida esta pode ser incorporada e ser uma real mais-valia. Sou adepto de irmos introduzindo a inovação e medindo os seus resultados no dia-a-dia da empresa.

Pensar a inovação é uma questão de atitude e consciência. Quanto mais a liderança olhar para o “novo” como algo salutar, necessário e agregador mais capacidade tem de se adaptar e permanecer no mercado.

Abraço
Filipe Jerónimo


terça-feira, 25 de junho de 2019

Líder com Influência

Olá,

Ao longo da minha vida tive a sorte e o prazer de ter dois líderes que trabalhavam muito bem a influência. Toda a sua comunicação era no sentido de me ajudar a ser melhor no que fazia. Eram exímios em mexer comigo enquanto pessoa, na minha forma de pensar e agir, fosse num desafio pessoal ou profissional. Procuravam que olhasse sempre os desafios do dia-a-dia sob outras preservativas e que levasse em atenção a opinião dos demais para ter mais informação e escolhas. Desafiavam-me a crescer, a estudar, a evoluir...sempre!

Não impunham nada, apesar de terem a autoridade hierárquica para o fazer, optavam sempre por criar compromissos conjuntos e responsabilidade partilhada. Outra característica destes líderes era a sua capacidade de serem congruentes e consistentes no seu comportamento. Davam o exemplo e assumiam as sua tarefas com o mesmo empenho e dedicação que pediam às suas equipas. 

Estavam presentes, disponíveis, alegres o que permitia criar um clima de confiança e motivação fantástico. Qualquer situação era resolvida na hora, sem tretas, sem desculpas. O medo de falar e falhar não existia, servia sempre como evolução.  Eu e os restantes membros da equipa sentíamos genuinamente que fazíamos parte de algo maior, em que a soma das partes prevalecia sob a individualidade. 

E depois havia a celebração! Fosse um sucesso pequeno ou grande, individual ou de equipa, havia festa...era hora de celebrar, agradecer, premiar. 

Não nascemos líderes, mas podemos nos formar como líderes. Leva tempo e obriga a disciplina, a esforço... mas se fosse fácil, não tinha piada nenhuma! :)

Abraço
Filipe Jerónimo